quarta-feira, 13 de abril de 2011

SOCIEDADE HIPÓCRITA - I




SOCIEDADE HIPÓCRITA
Vivemos numa sociedade extremamente hipócrita. Nascemos e desde os primeiros dias já fazemos parte de uma farsa: a cegonha chegou. Somos acostumados desde cedo com a mentira, com a desfaçatez. Bicho-papão, ladrões de crianças, a cuca vem pegar, toda sorte de figuras inventadas para controlar crianças pequenas através do medo.


Isso é só o começo, pois virão em seguida outras imagens falsas, numa tática que vai se estender por toda a vida. É o coelho que dá ovos de chocolate. Se ficarmos bonzinhos durante o ano, o papai noel vai nos recompensar com aquele presente que sonhamos.
Poderá existir algo mais abominável do que isso? Sem contar o aspecto da mentira, esse senhor obeso e ridículo, a quem chamamos de papai Noel chega todo final de ano e apropria-se da festa de aniversário de Jesus e “rouba a cena”. Jesus? Quem é ele? Pergunte a qualquer criança sobre o Natal, e imediatamente ela o associará ao impostor. A sociedade deveria envergonhar-se de enganar criancinhas com esse personagem alienígena, completamente fora dos nossos padrões. Vestido de flanela vermelha e botas, e exposto ao sol tropical de 40°C, com trenó, e puxado por renas! E que aporta em nossas casas através da chaminé, acreditem! Tudo isso, com a finalidade disfarçada de obter o máximo possível de lucro, através da exploração da inocência e da imaginação das crianças, com a anuência e desfaçatez dos adultos.

"Não devemos confundir o Natal com um senhor gordo vestido de vermelho"

"...un señor gordo vestido de rojo . Y por eso no debemos confundirnos, no debemos confundir la Navidad con eso. Eso no es la Navidad"

O que poderemos esperar dos cidadãos adultos, se desde pequenos todos são treinados e estimulados a mentir e mentir? A resposta está aí: sarnentos, renans, moluscos, severinos, colloridos, e o outros da mesma estirpe, que nunca saem do lugar que estão, treinados que foram para usufruir ao máximo das mentiras e de objetivos obscuros. Os pequenos aprendem vendo o que fazemos. Monkey sees, monkey does.
Somos movidos pelo estímulo ao consumismo exacerbado. Papai Noel que o diga. Tudo é produzido para vender e logo estar inservível. Tudo tem de mudar depressa, para que o modelo anterior esteja obsoleto em pouquíssimo tempo, para que voltemos às lojas e compremos mais. Instituiu-se a idéia de que ser feliz é... comprar!
A indústria e o comércio tem de vender, vender, e vender. E nós temos de comprar, comprar, comprar. A sociedade tem de ser, a qualquer custo, conduzida a desejos de consumos e privilégios superficiais, alienada e narcotizada pela mídia, tais como cartões de crédito para que, iludidos pelo pagamento em dez vezes, entupam-se de dívidas e sejam esmagados depois pela bola de neve.
Este vídeo mostra os problemas sociais e ambientais criados como consequência do nosso hábito consumista, apresenta os problemas deste sistema e mostra como podemos revertê-lo, porque não foi sempre assim.
O mais próximo de felicidade que temos é amar e ser amado, é abraçar e ser abraçado, é sentir-se útil à coletividade, é beneficiar os demais e confraternizar com todos, aprender e ensinar, ajudar e ser ajudado. É ter paz e distribuir essa paz! A mídia nos induz ao consumo egoísta, ao isolamento, condiciona o valor de ser humano à posse, ao poder econômico, ao nível de consumo, à casa e ao carro luxuosos, às novidades tecnológicas de todos os dias. Os verdadeiros valores estão no nosso interior, não no que se enxerga com os olhos materiais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário