quinta-feira, 28 de abril de 2011

SOCIEDADE HIPÓCRITA - II

Os europeus, e os demais importadores da carne brasileira, que tanto apreciam e consomem a carne vinda do Brasil, os mesmos que comandam as críticas à devastação da Amazonia, e outras degradações ambientais, deveriam assistir o vídeo abaixo, que encara de frente o consumo de carne e suas consequências.

"A Carne é Fraca", que é o melhor documentário já realizado no Brasil sobre o assunto, foi produzido pelo Instituto Nina Rosa.

O QUE É O INSTITUTO NINA ROSA

"O Instituto Nina Rosa - projetos por amor à vida é uma organização independente, sem fins lucrativos, que atua voluntariamente, com autonomia. Desde 2000 promovemos conhecimento sobre defesa animal, consumo sem crueldade e vegetarianismo. Por princípio, não recebemos recursos de empresa ou organismo contrários aos ideais que buscam erradicar todas as formas de exploração animal. Financiamos nosso trabalho com a venda do material que produzimos e com doações espontâneas de pessoas físicas.

Acreditamos que a educação e o exemplo têm poder de transformar e incentivar a responsabilidade pela natureza, pelo reino animal e pela própria humanidade. Por isso realizamos projetos e produzimos material educativo focados na Educação em Valores".

Assista o vídeo em suas 6 partes. É altamente significativo. No início é até meio chato, por ser constituído de depoimentos, mas logo começa a mostrar o dia-a-dia da produçao de alimentos de origem animal, guardado a sete chaves para que a população consumidora não venha a saber como é essa produção. Não feche os olhos para a realidade; seja consciente. Assista até o final e surpreenda-se!


quarta-feira, 20 de abril de 2011

Para quem tem sensibilidade...

Assista até o final, pois, realmente é lindo. Ouça só que música e interpretação!


MARAVI~13.GIF


The Shark Divers Social Network
(A Rede Social Mergulhadores Tubarão)

http://www.idivesharks.com/profile/joeromeiro

model:cristina zenato
filmed and edited by joe romeiro from 333 productions .
special thanks to: bill fisher and neptunic sharksuits .
made with love and respect for our friend cristina ,

music: Chingon - Malaguena Salerosa (Album Version

segunda-feira, 18 de abril de 2011

ADOÇÃO DE ANIMAIS

Aconteceu na Feirinha de adoção de animais em Florianópolis SC

Organizadores da Feira contam que ao chegarem na Feirinha, encontraram 12 filhotes abandonados: 8 com aproximadamente 40 dias, amontoados dentro de uma caixa

e, pasmem, 4 com horas de nascidos!

Ficaram desnorteados, sem saber o que fazer.

Por terem ficado dois finais de semana sem realizar feiras por causa do mau tempo, estavam cheios de filhotes em hospedagens e bebês tão pequenos precisam mamar de duas em duas horas, inclusive à noite.

Foi quando, em dado momento, apareceu uma cadela de rua, CASTRADA e se aproximou dos bebes recem nascidos. Deitou perto da caixinha e começou a tomar conta deles.

Não deixava mais ninguém se aproximar.


Com cuidado, colocaram os bebês perto dela

que começou a acariciá-los e tentar oferecer-lhes o seu leite, ainda inexistente.

Este é o verdadeiro sentido da maternidade.

Passadas algumas horas, com o leite aos poucos chegando, a mamãe já estava inteiramente integrada com seus novos filhos, os quais cuida como se os tivesse gerado.



Nós a batizamos de Vida.


Fica, então, a pergunta:
Por que nem todos os humanos agem desta forma???


"GRITE POR AQUELES QUE NÃO PODEM FALAR.. DEFENDA OS ANIMAIS"

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Carta dos Indios aos Brancos

Carta do Cacique Seattle ao Presidente Norte-americano

Cacique Seattle 1787-1866, by J.A. Wehn 1912

Texto de domínio público distribuído pela ONU

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"O QUE OCORRER COM A TERRA, RECAIRÁ SOBRE OS FILHOS DA TERRA. HÁ UMA LIGAÇÃO EM TUDO"



Duwamish and Suquamish Chief Seattle portrait, Seattle, Washington, 1864. PHOTOGRAPHER: Sammis, E. M. CREATED/PUBLISHED: United States--Washington (State)--Seattle, 1864

Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce, depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade e mostra uma incrível sabedoria. Eis a carta:

Franklin Pierce Picture - 14° Presidente dos Estados Unidos da América (1853-1857)

"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.

Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.

Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.

Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.

Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.

De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.

Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus.

Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."

quarta-feira, 13 de abril de 2011

SOCIEDADE HIPÓCRITA - I




SOCIEDADE HIPÓCRITA
Vivemos numa sociedade extremamente hipócrita. Nascemos e desde os primeiros dias já fazemos parte de uma farsa: a cegonha chegou. Somos acostumados desde cedo com a mentira, com a desfaçatez. Bicho-papão, ladrões de crianças, a cuca vem pegar, toda sorte de figuras inventadas para controlar crianças pequenas através do medo.


Isso é só o começo, pois virão em seguida outras imagens falsas, numa tática que vai se estender por toda a vida. É o coelho que dá ovos de chocolate. Se ficarmos bonzinhos durante o ano, o papai noel vai nos recompensar com aquele presente que sonhamos.
Poderá existir algo mais abominável do que isso? Sem contar o aspecto da mentira, esse senhor obeso e ridículo, a quem chamamos de papai Noel chega todo final de ano e apropria-se da festa de aniversário de Jesus e “rouba a cena”. Jesus? Quem é ele? Pergunte a qualquer criança sobre o Natal, e imediatamente ela o associará ao impostor. A sociedade deveria envergonhar-se de enganar criancinhas com esse personagem alienígena, completamente fora dos nossos padrões. Vestido de flanela vermelha e botas, e exposto ao sol tropical de 40°C, com trenó, e puxado por renas! E que aporta em nossas casas através da chaminé, acreditem! Tudo isso, com a finalidade disfarçada de obter o máximo possível de lucro, através da exploração da inocência e da imaginação das crianças, com a anuência e desfaçatez dos adultos.

"Não devemos confundir o Natal com um senhor gordo vestido de vermelho"

"...un señor gordo vestido de rojo . Y por eso no debemos confundirnos, no debemos confundir la Navidad con eso. Eso no es la Navidad"

O que poderemos esperar dos cidadãos adultos, se desde pequenos todos são treinados e estimulados a mentir e mentir? A resposta está aí: sarnentos, renans, moluscos, severinos, colloridos, e o outros da mesma estirpe, que nunca saem do lugar que estão, treinados que foram para usufruir ao máximo das mentiras e de objetivos obscuros. Os pequenos aprendem vendo o que fazemos. Monkey sees, monkey does.
Somos movidos pelo estímulo ao consumismo exacerbado. Papai Noel que o diga. Tudo é produzido para vender e logo estar inservível. Tudo tem de mudar depressa, para que o modelo anterior esteja obsoleto em pouquíssimo tempo, para que voltemos às lojas e compremos mais. Instituiu-se a idéia de que ser feliz é... comprar!
A indústria e o comércio tem de vender, vender, e vender. E nós temos de comprar, comprar, comprar. A sociedade tem de ser, a qualquer custo, conduzida a desejos de consumos e privilégios superficiais, alienada e narcotizada pela mídia, tais como cartões de crédito para que, iludidos pelo pagamento em dez vezes, entupam-se de dívidas e sejam esmagados depois pela bola de neve.
Este vídeo mostra os problemas sociais e ambientais criados como consequência do nosso hábito consumista, apresenta os problemas deste sistema e mostra como podemos revertê-lo, porque não foi sempre assim.
O mais próximo de felicidade que temos é amar e ser amado, é abraçar e ser abraçado, é sentir-se útil à coletividade, é beneficiar os demais e confraternizar com todos, aprender e ensinar, ajudar e ser ajudado. É ter paz e distribuir essa paz! A mídia nos induz ao consumo egoísta, ao isolamento, condiciona o valor de ser humano à posse, ao poder econômico, ao nível de consumo, à casa e ao carro luxuosos, às novidades tecnológicas de todos os dias. Os verdadeiros valores estão no nosso interior, não no que se enxerga com os olhos materiais.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

PROFESSOR – UMA ESPÉCIE EM EXTINÇÃO

Nesta noite, em algum lar, um professor, ou uma professora, está preparando a aula para seu filho na escola, enquanto você trabalha ou assiste TV. Neste mesmo minuto, professores do mundo todo estão usando seu “tempo livre”, muitas vezes gastando do seu próprio bolso, para a educação, prosperidade e futuro do seu filho.
Copie e cole esta mensagem se você é professor ou se valoriza os professores.


PROFESSOR – UMA ESPÉCIE EM EXTINÇÃO

Por Verônica Dutenkefer

Este texto que escrevo precisamente agora é mais um desabafo. Desabafo de uma profissional que está lecionando há mais de 22 anos e que não sabe se sobreviverá por mais dez anos, que é o tempo que ainda precisarei trabalhar (por mais que ame muito o que faço).
Trago comigo muitas perguntas que não querem calar. E talvez a mais inquietante seja: O que será necessário acontecer para se fazer uma reforma educacional neste país?

Constantemente ouço ou leio reportagens com as autoridades educacionais proclamando a má formação de seus professores. Culpando as universidades, a falta de cursos de formação e culpando-nos, evidentemente. Se a educação neste país não vai bem só existe um culpado: o professor.

E aí vêm meus questionamentos:

Como um professor de escola pública pode fazer o seu trabalho se ele precisa ficar constantemente parando sua aula para separar a briga entre os alunos, socorrer seu aluno que foi ferido por outro aluno, planejar várias aulas para se trabalhar os bons hábitos na tentativa vã de se formar cidadãos mais conscientes e de melhor caráter?(…)

Dia a dia… minuto a minuto… os professores são alvos de agressões verbais e até mesmo física pelos alunos. A cada dia somos submetidos a níveis de stress insuportáveis para um ser humano. Temos que dar conta do conteúdo a ser ensinado + sermos responsáveis pela segurança física de nossos alunos + sermos médicos + enfermeiros + psicólogos + assistentes sociais + dentistas + psiquiatras + mãe + pai… E se quando ameaçados de morte recorremos a uma delegacia pra fazer um boletim de ocorrência ouvimos: “Isso não vai adiantar nada!” (…)

Qual a motivação de ser bom aluno hoje em dia? Seus ídolos são jogadores de futebol que não falam o português corretamente e que não hesitam em agredir seus colegas jogadores e até mesmo os árbitros, ensinando que não é necessário haver respeito às autoridades e aos outros.

Ou são dançarinas que mostram seu corpo rebolando na televisão e pousando nuas para ganhar dinheiro. Para quê eu me matar de estudar se há tantas profissões que não são valorizados e nem respeitadas?

Conheci (e ainda conheço e convivo) ao longo de minha carreira na escola pública, inúmeros profissionais maravilhosos. Pessoas que amam a sua profissão, que se preocupam com seus alunos, que fazem trabalhos excepcionais. Que possuem um conhecimento e formação excelentes, mas que estão desgastados e quase arrasados diante da atual situação educacional. (…)
Quem é que quer ser professor? Quem é que quer entrar numa carreira que está sendo extinta, não só pela total desvalorização e desrespeito, mas também pela falta de segurança que estamos enfrentando nas escolas.

Fiquei indignada com uma reportagem na TV (que aliás adora fazer reportagens sensacionalistas colocando o professor sempre como vilão da história) em que relatava que numa escola um aluno ameaçava os outros com um revólver e num determinado momento o repórter perguntou:”Onde estava o professor que não viu isso?” E agora eu pergunto: “O que se espera de um professor (ou de qualquer ser humano), que se faça com uma arma apontada pra você ou pra outro ser humano? Ah… já sei… o professor deveria enfrentar as balas do revólver! Claro! As universidades e os cursos de aperfeiçoamento de professores não estão nos ensinando isso!

Vocês têm conhecimento de como os professores de nosso país estão adoecendo? Vocês sabem o que é enfrentar o stress que a violência moral e física têm nos submetido dia-a-dia?

Você sabe o que é ouvir de um pai frases assim: “Meu filho mentiu, mas ele é apenas uma criança!” “Eu não sei mais o que fazer com o meu filho!” “Você está passando muita lição para meu filho, e ele é apenas uma criança!” “Ele agrediu o coleguinha, mas não foi ele quem começou.” “Meu filho destruiu a escola, mas não fez isso sozinho!”

Classes superlotadas, falta de material pedagógico, espaço físico destruído, violência, desperdício de merenda, desperdício de material escolar que eles recebem e, muitas vezes, não valorizam (afinal eles não precisam fazer absolutamente nada para merecê-los), brigas por causa do “Leve-leite” (o aluno não pode faltar muito, não por que isso prejudica sua aprendizagem, mas porque senão ele não leva o leite.)

Regras educacionais dissonantes com a classe social dos alunos. Impunidade. Mas a educação não vai bem por causa do professor!

Encerro esse desabafo com essa pergunta que li há poucos dias. Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável. “Todo mundo pensando em deixar um planeta melhor para nossos filhos… Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?”

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Exemplo de Cidadania

Merecidos aplausos!

Mobilização relâmpago (mas não tão espontânea como parece!).
Acerca do gesto raro de uma cidadã: abaixar-se em público para pegar uma garrafa plástica do chão e colocá-la na lixeira.
Vídeo feito pela equipe do "Testado em Seres Humanos", uma iniciativa da TVA de Quebec - Canadá.

Original em http://webistique.com/flashmob-bouteille-plastique/



FASHMOB MAKING OF - TESTÉ SUR DES HUMAINS - TVA

terça-feira, 5 de abril de 2011

O Espaço Público e a Lei de Gerson


Honestidade é uma virtude humana e significa falar a verdade e/ou executar um trabalho sem enganar ou fraudar. O fundamento da honestidade é refletido no termo honra.

Cidadania (do latim,civitas, "cidade") é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Lei de Introdução ao Código Civil - Decreto-Lei 4.657, de 4 de setembro de 1942 (ainda em vigor)
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.


"Todos são iguais perante a lei" - Art. 5° - Constituição Federal do Brasil


Foi só a Prefeitura sair a campo e exercer o poder de polícia na fiscalização de posturas, e recomeçou a chiadeira.

Postura é a posição, atitude, forma de estar, forma de atuar, situação, disposição, de uma pessoa, animal ou coisa. No caso em questão, refere-se ao posicionamento de um cidadão ou firma ou empresa, em relação às exigências legais de comportamento perante os demais cidadãos do município. Se não houvesse regras de convivência, estabelecidas em leis no sentido amplo, a sociedade se desfazeria e voltaríamos à barbarie, onde prevaleceria a lei do mais forte.

É função do poder legislativo criar as leis, e do poder executivo estabelecer os parâmetros necessários e fiscalizar o seu cumprimento. Portanto, quando o Setor de Obras e Posturas da Prefeitura faz a sua lição de casa, temos de aplaudir, e muito! Nós, como sociedade, precisamos acabar com essa mania de meter o pau quando um órgão público age para enquadrar cidadãos que burlam as leis e aproveitam-se de toda a sorte de jeitinhos para obter vantagem particular em cima dos direitos coletivos. Nós, cidadãos, temos o direito de ir e vir, de ter uma cidade limpa e organizada, de termos calçadas e outros espaços públicos livres para o nosso bem-estar. E ainda vamos mais adiante: nós temos o direito de exigir que as normas sejam respeitadas!



No caso noticiado sábado último pelo jornal Comércio da Franca, os estabelecimentos autuados são há muito tempo conhecidos por promoverem a ocupação do espaço público. Aquele açougue, há muito tempo promove a churrascada em plena calçada, espalhando gordura e fumaça de forma que era impossível transitar por ali. Isso sem contar o risco de alguem ser ferido pelo manuseio de espetos quentes e de a churrasqueira estar bem na passagem dos pedestres.

É um atrevimento sem mensuração um comerciante sujeitar os cidadãos a uma situação dessa. E ainda achar-se no direito de esbravejar, gritar e xingar! Além é claro, chorar que estão enfrentando dificuldades. E quem não está? Aliás, esta é uma outra questão a ser abordada mais a frente.

Dá nojo ver os carrinhos de pipoca que vendem o produto no centro da cidade. Alem das crostas de gordura e do estado precário dos utensílios, pergunta-se do estado de limpeza do compartimento onde fica estocada a pipoca pronta, e do estado da instalação do gas. Será que não estamos sujeitos a uma explosão num domingo com a praça cheia de crianças?. E a sujeira e gordura espalhadas no chão da praça central? Dá nojo também. Se é que estão de acordo com a lei e com as normas de manipulação de alimentos, por que a Prefeitura não exige que lavem as calçadas do seu local de trabalho? Não queremos ter uma praça, cartão de visita da cidade, emporcalhada de gordura e sujeira.

Agora a outra questão. Podem reparar. Basta que se exija que alguem cumpra a lei, e logo surgem as justificativas torpes dos infratores e dos seus defensores perpétuos: que a postura foi truculenta, que o coitadinho estava apenas trabalhando honestamente, que via a manutenção do emprego de funcionários, que não estava roubando nem matando, que nada justifica punir trabalhadores, que precisava ter mandado uma notificação antes, porque não me deixam em paz, que está passando por dificuldades, etc. Ora, vamos deixar cair a máscara e mostrar a verdadeira face. Todos aqueles do episódio de sexta-feira estão carecas de saber que estavam infringindo a lei. Faltou honestidade e esbanjou-se esperteza em permanecer indefinidamente na situação que sabiam ser ilegal, mas que era conveniente, pois o dinheiro fluia fácil. Que se dane a sociedade, o negócio é levar vantagem, certo?

A Lei de Gérson refere-se à pessoa que gosta de levar vantagem em tudo, no sentido negativo de se aproveitar de todas as situações em benefício próprio, sem se importar com a ética. A expressão originou-se em uma propaganda de 1976 dos cigarros Vila Rica, na qual o meia armador Gérson da Seleção Brasileira de Futebol era o protagonista.

A propaganda dizia que esta marca de cigarro era vantajosa por ser melhor e mais barata que as outras, e Gérson dizia no final:

Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também.

Mais tarde, o jogador anunciou o arrependimento de ter associado sua imagem ao reclame, visto que qualquer comportamento pouco ético foi sendo aliado ao seu nome nas expressões Síndrome de Gérson ou Lei de Gérson.



Trabalhar com honestidade implica em não ser espertalhão. Manter o emprego de funcionários não autoriza ninguém a estar acima da lei. Mandar notificação antes seria no mínimo ser subserviente a interesses particulares, pois em 2009/2010 todos os comerciantes do ramo tomaram ciência do que estava se passando, além do que ninguem pode se escusar de cumprir a lei por alegar ignorância. Não basta não furtar e não matar. Se assim fosse, os mandamentos bíblicos seriam só esses dois, e não dez!

Hoje fala-se muito em cidadania. Mas se esquecem que cidadania compreende, além dos direitos, os deveres perante os outros cidadãos. O nosso direito particular termina onde começa o dos outros. E quem estabelece essa linha divisória é a lei.

Há anos esta cidade vinha parecendo uma terra de ninguém, onde cada um fazia o que queria, e os incomodados que se retirem. Mas agora vem surgindo uma réstia de esperança. Que continue assim.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

TREINO PARA A MORTE


Treino para a Morte

Preocupado com a sobrevivência além do túmulo, você pergunta, espantado, como deveria ser levado a efeito o treinamento de um homem para as surpresas da morte.

A indagação é curiosa e realmente dá o que pensar.

Creia, contudo, que, por enquanto, não é muito fácil preparar tecnicamente um companheiro à frente da peregrinação infalível.

Os turistas que procedem da Ásia ou da Europa habilitam futuros viajantes com eficiência, por lhes não faltarem os termos analógicos necessários. Mas nós, os desencarnados, esbarramos com obstáculos quase intransponíveis.

A rigor, a Religião deve orientar realizações do espírito, assim como a Ciência dirige todos os assuntos pertinentes à vida material. Entretanto, a Religião, até certo ponto, permanece jungida ao superficialismo do sacerdócio, sem tocar a profundeza da alma.

Importa considerar também que a sua consulta, ao invés de ser encaminhada a grandes teólogos da Terra, hoje domiciliados na Espiritualidade, foi endereçada justamente a mim, pobre noticiarista sem méritos para tratar de semelhante inquirição.

Pode acreditar que não obstante achar-me aqui de novo, há quase vinte anos de contado, sinto-me ainda no assombro de um xavante, repentinamente trazido da selva matogrossense para alguma de nossas Universidades, com a obrigação de filiar-se, de inopino, aos mais elevados estudos e às mais complicadas disciplinas.

Em razão disso, não posso reportar-me senão ao meu próprio ponto de vista, com as deficiências do selvagem surpreendido junto à coroa da Civilização.

Preliminarmente, admito deva referir-me aos nossos antigos maus hábitos. A cristalização deles, aqui, é uma praga tiranizante.

Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande transição. O lombo de porco ou o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito distantes dos nosso antepassados, os tamoios e o ciapós, que se devoravam uns aos outros.

Os excitantes largamente ingeridos constituem outra perigosa obsessão. Tenho visto muitas almas de origem aparentemente primorosa, dispostas a trocar o próprio Céu pelo uísque aristocrático ou pela nossa cachaça brasileira.

Tanto quanto lhe seja possível, evite os abusos do fumo. Infunde pena a angústia dos desencarnados amantes da nicotina.

Não se renda à tentação dos narcóticos. Por mais aflitivas lhe pareçam as crises do estágio no corpo, agüente firme os golpes da luta. As vítimas da cocaína, da morfina e dos barbitúricos demoram-se largo tempo na cela escura da sede e da inércia.

E o sexo? Guarde cuidado na preservação do seu equilíbrio emotivo. Temos muita gente boa carregando consigo o inferno rotulado de "amor".

Se você possui algum dinheiro ou detém alguma posse terrestre, não adie doações, caso esteja realmente inclinado a fazê-las. Grandes homens, que admirávamos no mundo pela habilidade e poder com que concretizavam importantes negócios, aparecem, junto de nós, em muitas ocasiões, à maneira de crianças desesperadas por não mais conseguirem manobrar os talões de cheque.

Em família, observe a cautela com testamentos. As doenças fulminatórias chegam de assalto, e, se a sua papelada não estiver em ordem, você padecerá muitas humilhações, através de tribunais e cartórios.

Sobretudo, não se apegue demasiado aos laços consangüíneos. Ame sua esposa, seus filhos e seus parentes com moderação, na certeza de que, um dia, você estará ausente deles e de que, por isso mesmo, agirão quase sempre em desacordo com a sua vontade, embora lhe respeitem a memória. Não se esqueça de que, no estado presente da educação terrestre, se alguns afeiçoados lhe registrarem a presença extraterrena, depois dos funerais, na certa intimá-lo-ão a descer aos infernos, receando-lhe a volta inoportuna.

Se você possui o tesouro de uma fé religiosa, viva de acordo com os preceitos que abraça. É horrível a responsabilidade moral de quem já conhece o caminho, sem equilibrar-se dentro dele.

Faça o bem que puder, sem a preocupação de satisfazer a todos. Convença-se de que se você não experimenta simpatia por determinadas criaturas, há muita gente que suporta você com muito esforço.

Por essa razão, em qualquer circunstância, conserve o seu nobre sorriso.

Trabalhe sempre, trabalhe sem cessar.

O serviço é o melhor dissolvente de nossas mágoas.

Ajude-se, através do leal cumprimento de seus deveres.

Quanto ao mais, não se canse nem indague em excesso, porque, com mais tempo ou menos tempo, a morte lhe oferecerá o seu cartão de visita, impondo-lhe ao conhecimento tudo aquilo que, por agora, não lhe posso dizer.

Cópia integral do Capítulo 4 (Treino para a Morte) do livro Cartas e Crônicas, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Irmão X. Rio de Janeiro: FEB, 1974.

Texto original em: http://duplavista.com.br/arquivo/treino-para-a-morte

Observação: Irmão X é o apelido usado pelo Espírito Humberto de Campos, eminente escritor brasileiro cujo nome completo era Humberto de Campos Veras. Em 1944, por meio de uma ação declaratória, familiares de Humberto de Campos processaram Chico Xavier e a Federação Espírita Brasileira (FEB). Pediam que a Justiça examinasse a hipótese espírita e declarasse se o autor dos cinco livros atribuídos ao Espírito de Humberto de Campos era ou não o próprio escritor maranhense após sua morte. E mais: se a conclusão fosse negativa, solicitavam as devidas punições aos responsáveis pelos livros; se positiva, requeriam direitos autorais. O juiz, porém, como era de se esperar, rejeitou a ação, considerada sem cabimento, pelos seguintes motivos: 1º: ao morrer, o indivíduo deixa de possuir direitos civis, de modo que, morto, Humberto de Campos não poderia readquiri-los; 2º: os direitos autorais herdáveis limitam-se aos referentes às obras do escritor produzidas antes de sua morte; 3º: uma ação declaratória deve requerer a simples declaração de existência ou inexistência de uma relação jurídica, e não a existência ou não de um fato. Em síntese, a ação foi interpretada como uma mera consulta, função que não cabe ao Poder Judiciário. A família do escritor recorreu da decisão, mas, no mesmo ano, a Justiça reafirmou a impropriedade da ação. No entanto, por causa do processo, o nome Humberto de Campos, em textos mediúnicos posteriores, foi substituído por Irmão X.