segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

DOSSIÊ GLOBO NEWS: O brilhante General Leônidas Pires Gonçalves

Entrevista do General Leônidas Pires Gonçalves, que foi chefe do Estado Maior do 1.º Exército, no Rio de Janeiro, em razão disso, ele dirigia o DOI-CODI, o temido Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna, função que passou a exercer em março de 1974 e na qual ficou por dois anos e dez meses.

Episódio Político

Após a eleição indireta de Tancredo Neves, foi escolhido para ser o seu Ministro do Exército. Com a morte de Tancredo, foi quem garantiu a posse de seu vice, José Sarney, contrapondo-se ao que desejavam certos setores do Exército, que pretendiam dar posse ao Presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães.

"Quem assume é o Sarney". Imediatamente Ulysses concorda, para surpresa de Simon e Ulysses também retorna ao Congresso. Ali, Simon lhe pergunta porque aceitara tão rapidamente a tese de Leônidas. "O Sarney chega aqui ao lado do seu jurista. Esse jurista é o Ministro do Exército. Se eu não aceito a tese do jurista, a crise estava armada" - Ulysses Guimarães.

Ao gravar esta entrevista sobre os 25 anos do fim da ditadura militar para o programa DOSSIÊ GLOBONEWS, do canal a cabo GLOBONEWS, o General Leônidas fez uma ressalva: só falar sobre coisa de que ele participou diretamente ou esteve muito próximo. Ele também pediu que suas ideias não fossem suprimidas na edição do programa.

Essa entrevista do General Leônidas Pires Gonçalves é um documento histórico. Ela mostra o que um general de alta patente tem a dizer sobre esse período conturbado da história do Brasil. Aos 88 anos de idade, o General Leônidas afirma que não teme controvérsias.














Frases

  • "As torturas lamentavelmente aconteceram, mas para ser uma mancha ela foi aumentada"
  • "Hoje todo mundo diz que foi torturado para receber a bolsa-ditadura"
  • "Qual foi o primeiro sangue que correu no Brasil? É aquele! E que ninguém fala. Que todo mundo esconde! A bomba no Aeroporto dos Guararapes foi o primeiro sangue que correu no Brasil. Guerra é guerra. Guerra não tem nada de bonito – só a vitória. E nós tivemos. A vitória foi nossa. Porque este país caiu na democracia que nós queríamos”.
  • "Ninguém é purinho em nenhum dos dois lados. Agora, quem deu partida nas mortes foram eles, e não nós."
  • "Pagamos aos presos para eles delatarem os outros"
  • "Quem começa a guerra não pode lamentar mortes"
  • "O soldado é um cidadão de uniforme para o exercício cívico da violência"


Vale a pena ver esta entrevista, exibida pelo canal a cabo GLOBONEWS, no dia 03 de abril de 2010. Ela está dividida em 6 partes, todas disponíveis no Youtube.

Endereço de todos as partes deste vídeo:
Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6



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